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terça-feira, 14 de março de 2017

Oxímetro, o que é, como usar e para que serve? Descubra aqui

Alguns modelos de Oxímetros.

A Oximetria de Pulso:
A oximetria de pulso é a maneira de medir quanto de oxigênio seu sangue está transportando. Usando um pequeno dispositivo chamado oxímetro seu nível de oxigênio sanguíneo pode ser aferido sem a necessidade de puncioná-lo com uma agulha. 

O nível de oxigênio mensurado com um oxímetro é chamado de nível de saturação de oxigênio (abreviado como O2sat ou SaO2). A SaO2 é a porcentagem de oxigênio que seu sangue está transportando, comparada com o máximo da sua capacidade de transporte. Idealmente, mais de 89% das suas células vermelhas devem estar transportando oxigênio.

Caso você tenha uma doença pulmonar, seu nível de oxigênio sanguíneo pode vir a ser menor do que o normal. É importante saber se e quando isso ocorre, pois, quando seu nível de oxigênio é baixo, as células do seu corpo podem ter dificuldade de trabalhar apropriadamente. 

Ter um nível muito baixo de oxigênio sanguíneo pode sobrecarregar seu coração e seu cérebro.
A maioria das pessoas precisa de um nível de saturação de no mínimo 89% para manter suas células saudáveis. Acredita-se que um nível menor do que esse por um curto tempo não cause danos. Entretanto, suas células podem ser agredidas e sofrer danos se a baixa nos níveis de oxigênio ocorrer muitas vezes. Se seu nível de oxigênio é baixo em ar ambiente, você pode ser solicitado a usar oxigênio suplementar (extra).
O oxímetro pode ajudar a avaliar quanto de oxigênio você precisa e quando você pode precisar dele. Por exemplo, algumas pessoas precisam mais de oxigênio quando dormem do que quando acordadas. Outras precisam mais de oxigênio durante atividades do que quando em repouso.

A História do Oxímetro de Pulso (Nihon Kohden):
Os estudos começaram por físicos conhecidos como Joseph John Thompson, Max Karl Ernst Ludwig Planck, Albert Einstein e Robert Andrews Millikan. Milikan criou algo muito parecido com fones de ouvido, e serviam para avaliar a oxigenação de pilotos da Segunda Guerra Mundial, que voavam em grandes altitudes.

Somente em 1974, a Second Division of Technology e a Nihon Kohden Corporation revelaram ao mundo a grande invenção criada por Srs. Takuo Aoyagi e Michio Kishio, considerados os pais da oximetria. 

Atualmente, com os oxímetros de pulso eletrônicos, pode-se monitorar a saturação de oxigênio de um paciente a cada segundo, com apenas um pequeno delay. Com esse monitoramento mais rigoroso pode-se verificar mais rapidamente se o paciente obtiver uma queda brusca do nível de oxigênio no sangue, evitando que danos irreversíveis sejam causados no paciente como taquicardia ou bradicardia.

Como funciona um Oxímetro: Como usar?
O oxímetro de pulso possui sensores ópticos que convertem espectro de luz em sinais elétricos que são processados por um microcontrolador. 

A forma de trabalho deste equipamento se chama espectrofotometria, que mede a luz transmitida ou refletida. Os sensores captam a luz que atravessa os capilares do paciente juntamente com o pulso cardíaco. Os níveis de saturação de oxigênio tem relação com a coloração do sangue, e quanto maior a saturação, maior é o brilho e a cor vermelha, decorrente da presença de oxihemoglobina. Quanto menor a saturação, maior a presença de desoxihemoglobina.

O oxímetro de pulso possui um led na cor vermelha que funciona como um emissor. Do outro lado há um sensor óptico que funciona como um receptor, que irá efetuar a leitura da luz emitida pelo led e que atravessou o corpo do paciente. Esta luz chega ao outro lado com vários espectros diferentes aos que quando foram emitidos pelo led.

Geralmente o sensor do oxímetro de pulso é colocado em regiões periféricas do corpo do paciente, como ponta dos dedos, lóbulo da orelha, ou pés (somente em recém-nascidos).

Com a recepção da luz que atravessou o corpo do paciente e chegou até o sensor óptico, este envia os sinais elétricos para um circuito que transforma esse sinal analógico em digital e posteriormente para um microcontrolador. O microcontrolador é responsável por efetuar os cálculos que foram programados em computador para enviar para a tela e mostrar ao usuário a onda pletismográfica, e com esta também é possível adquirir a frequência cardíaca. No mercado existem diversos modelos de oxímetros (como mostrado na imagem no início da matéria).

Como usar:
Para usar o oxímetro é muito simples, basta apertar em sua extremidade (ele é como se fosse um pregador), assim que ele abrir basta colocar o dedo até o final, soltar para fechar e prender o dedo. Em seguida basta pressionar o botão de ligar e dentro de alguns segundos ele mostrará no visor a SpO2 (saturação periférica de oxigênio), o BPM (batimento por minuto) e em alguns modelos a Curva Pletismográfica.

Eu devo ter um oxímetro de pulso?
A maioria das pessoas não precisa de um oxímetro de pulso. Para outras o oxímetro de pulso é prescrito pela possibilidade de elas terem períodos de baixa oxigenação sanguínea, como, por exemplo, quando estão se exercitando ou viajando a altas altitudes. 
Ter um oxímetro de pulso nesses casos lhes permitirá monitorar seu nível de oxigênio sanguíneo e saber quando precisam de aumentar o seu fluxo de oxigênio suplementar. Pergunte ao seu médico qual o número da saturação de oxigênio que ele quer que você mantenha.
Oxímetros de pulso hoje estão disponíveis na internet, em farmácias ou empresas de suplementos para cuidados de saúde. Em alguns casos, o plano de saúde cobrirá o custo do oxímetro de pulso.
Qual a diferença entre a informação do oxigênio mostrada pelo oxímetro e a obtida pela gasometria arterial?
Um oxímetro mensura indiretamente a quantidade de oxigênio que é transportada pelo seu sangue. A gasometria arterial mensura diretamente tanto a quantidade de oxigênio transportada pelo seu sangue quanto a de gás carbônico. (dióxido de carbono). Para obter uma gasometria arterial, o sangue é retirado diretamente de sua artéria (usualmente do pulso), o que pode ser doloroso. A oximetria é indolor, mas não tão acurada como a gasometria arterial. Além disso, o oxímetro de pulso não mensura seu nível de dióxido de carbono.
Qual a acurácia da oxímetro de pulso?
O nível de oxigênio medido por um oxímetro de pulso é razoavelmente acurado. A maioria dos oxímetros dão uma leitura 2% acima ou 2% abaixo da saturação que poderia ser obtida pela gasometria arterial. Por exemplo, se sua saturação de oxigênio for de 92% no oxímetro de pulso, ela pode ser de fato qualquer valor entre 90 e 94%. A leitura do oxímetro pode ser menos acurada se o paciente usar esmaltes, unhas postiças, tiver as mãos frias, ou tiver a circulação deficiente. O oxímetro de pulso pode também ser menos acurado em caso de níveis muito baixos de saturação de oxigênio (abaixo de 80%) ou de pele muito escura.
Quando eu devo usar o oxímetro de pulso?
Se você tiver um oxímetro prescrito pelo seu médico, pergunte a ele quando ele quer que você use o oxímetro para monitorar seu nível de oxigênio sanguíneo. Pergunte também quando você deve mudar o fluxo de seu oxigênio suplementar e com qual leitura você deve procurar atendimento médico.
As situações em que a leitura do oxímetro pode ser útil são:
  • Quando o oxigênio é prescrito pela primeira vez. Isso ajuda seu médico a saber  como os seus níveis de saturação de oxigênio se comportam durante suas atividades diárias, em casa.
  • Pessoas que não tem conhecimentos técnicos na área da saúde podem facilmente com o oxímetro diferenciar um desmaio de uma parada cardíaca, e assim providenciar o socorro adequado.
  •  Durante ou imediatamente após exercícios físicos. Seu corpo, como um carro, precisa de mais oxigênio (gás) quando você está em movimento. Sua saturação de oxigênio pode ser checada durante a atividade para ver se você tem baixo oxigênio, o que não acontece no repouso. Seu médico decidirá junto com você o que fazer caso você tenha problemas durante o exercício.
  • Quando você estiver voando ou viajando a altas altitudes, para saber se seu oxigênio suplementar precisa ser aumentado durante essas situações.
Como eu posso obter leituras melhores do meu oxímetro de pulso?
Para obter melhores leituras do seu oxímetro, você precisa ter certeza de que suficiente sangue esteja fluindo para a mão ou para o dedo ao qual o dispositivo está acoplado. A melhor leitura, portanto, é alcançada quando sua mão está aquecida, relaxada, e mantida abaixo do nível do coração. Esmaltes, unhas grandes, gel ou óleos podem interferir no funcionamento do aparelho.
Se você fuma, infelizmente, a leitura no seu oxímetro pode mostrar um nível maior do que a saturação atual. Isso porque o tabagismo aumenta os níveis de monóxido de carbono no seu sangue, e o oxímetro não mostra diferença entre o monóxido de carbono e o oxigênio. Se você fuma, converse com seu médico sobre como ler apropriadamente seus números no oxímetro.
Além das leituras equivocadas descritas acima, algumas vezes você pode obter leituras anormais de seu oxímetro por mal funcionamento do fio do aparelho. Assim sendo, leve seu oxímetro para o consultório do seu médico, ou para a empresa de equipamentos para checagem e ajuste da acurácia.

A oximetria de pulso é útil no diagnóstico de doenças cardíacas congênitas nos recém nascidos? Pode um oxímetro detectar um problema grave no coração?

Neste vídeo, o Dr. William Scott, Cardiologista Pediátrico no UT South Western Medical Center, em Dallas (EUA), dá-nos mais informação sobre este assunto.



Este material foi traduzido pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia com autorização da American Thoracic Society. Responsáveis pelas traduções : Dra. Valéria Maria Augusto, com colaboração de Lucas Diniz Machado. A ATS Patient Information Series é um serviço público da American Thoracic Society e seu jornal, o AJRCCM. A informação que aparece nesta série é apenas para fins educacionais e não deve ser usado como um substituto para aconselhamento médico. Para mais informações sobre esta série, entre em contato J. Corn em jcorn@thoracic.org.

+ Fonte: 
- Sociedade Brasileira de Cardiologia.
http://www.cardiol.br

Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia:
http://www.sbpt.org.br/ (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia ).

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